Desmatamento, lixo e esgoto
A Guarapiranga e a Billings já perderam para os loteamentos clandestinos uma área quase do tamanho de 27 parques do Ibirapuera. Com isso, a água que consumimos está cada vez mais poluída e mais cara. O quadro é desalentador, mas pode ser revertido
Da Redação
Revista Veja São Paulo - 09/05/2007
O infográfico mostra o avanço do concreto na região das represas.
A Billings é a maior represa da Grande São Paulo, responsável pelo abastecimento de 1,2 milhão de pessoas. Todos os dias, ela recebe cerca de 400 toneladas de lixo vindas de moradias irregulares que ocupam seu entorno. A Guarapiranga, represa menor mas responsável pelo fornecimento de água para 3,8 milhões de pessoas, também sofre com o esgoto. Cerca de 800.000 moradores residem na área da bacia, a maior parte de forma ilegal. "Temos de conter essa invasão", diz Eduardo Jorge, secretário municipal de Verde e Meio Ambiente. No último dia 16, dezessete casas à beira da Billings foram demolidas. A iniciativa faz parte da chamada Operação Defesa das Águas, programa lançado em março pela prefeitura e pelo estado para a preservação da Guarapiranga e da Billings. A promessa é investir mais de 1 bilhão de reais para remover 5.340 famílias que ocupam 45 terrenos em mananciais - um pequeno começo diante dos 444 loteamentos clandestinos que existem na região.
A importância das represas para o abastecimento de água em São Paulo fica mais visível no gráfico em pizza.
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